A aula do legislativo da tarde desta segunda-feira, 21, em parceria com o gabinete da vereadora Maria Eunice (PT), teve como objetivo dar alusão ao Mês da Consciência Negra. Para tratar do assunto, a Câmara Municipal recebeu Rosangela Brochado Jesus, Educadora social que atua como promotora legal popular no combate à violência das mulheres, formada pela Thêmis e Terapeuta Comunitária; Conselheira na Ong Multiétnico Empreendedores Sociais e Conselheira do Compir Canoas; Deivison Moacir Cesar de Campos, Jornalista, Doutor em Ciências da Comunicação e Doutorando em História; Tiago Marques, Mestre e Doutorando em Educação e Licenciatura em História.
Deivison, painelista, trouxe reflexões a respeito da negritude e democracia, racismo e instituições e relações sociais. “Quando vemos os governos de esquerda assumirem o poder, mesmo assim os primeiros e segundos escalões são compostos por rostos brancos". “Negros, quando a frente, ocupam as áreas de cultura, direitos humanos e esporte, como se nós pudessemos apenas dominar estas áreas; isso também é uma forma de racismo institucional”, conta. Campos é Professor e Coordenador do Curso Jornalismo na PUCRS, Pesquisador vinculado aos grupos de Comunicação e Mídia da ABPN; Estéticas, Políticas do Corpo e Gênero da Intercom.
A painelista Rosangela Brochado Jesus, falou sobre as novas realidades “são os formatos de racismos institucionais que nos adoecem, nós criamos nossos filhos para lidar com as diferenças pela cor de suas peles”. “Quando me vi, atuando nas comunidades, enxerguei a realidade da falta de escolaridade, de valorização no mercado, da mulher nos espaços de poder e a consequência do racismo para os filhos”. “Nós vemos uma resistência das pessoas em nos escutarem, já que falamos de um lugar carregado de sofrimentos e nãos”, falou a terapêuta, que também é Conselheira na Ong Multiétnico Empreendedores Sociais e Conselheira do Compir Canoas
Tiago Marques traz falas sobre as relações raciais, racismo estrutural na perspectiva da branquitude e dados da população negra no Brasil. “Quando falamos no termo raça, não falamos de biologia, estamos falando de raça no sentido etimológico”. “A quantidade de pessoas negras e brancas é proporcionalmente inversa à quantidade de representantes eleitos para os poderes legislativos e executivos”, observou Marques, que trabalhou no PIBID dando aulas no colégio Guajuviras, realizou estágio no NEABI da Ulbra, no Mestrado, pesquisou sobre branquitude e formação de professores de História, cujo tema segue estudando no Doutorado.
Mediaram o evento Maximilian Gomes, Diretor da Escola do Legislativo de Canoas, Pedagogo e Mestre em Educação, e Marina Silveira, Jornalista, Social media, Integrante do grupo Dos Grilhões às Cotas, Ativista Social das questões Étnicos Raciais, Colunista do Jornal Afro Gueto e Assessora Parlamentar da Câmara de Canoas.
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